quarta-feira, 13 de abril de 2011

As 11 Rosas



Flor Brejeira que floreia
A maldade lhe ceifou
Sem dó nem piedade
Breve vida lhe tirou

Mazela em fé é aquela
Que mal diz zelosa fera
Que transforma adoração
Em desprezível maldição

11 rosas em botão
Suave voz no coração
Todas em tão tenra idade
Sucumbem ao peso da maldade

Ao partir deixa saudade
Todos choram em Igualdade
Um soluço na garganta
Felicidade sempre espanta

Perto a fera se escondia
O Inocente não sabia
Não via sombra da maldade
Que traria só saudade

Fera em ódio corroeu
Mais um indefeso se abateu
Tarde o herói lhes socorreu
E um fim trágico se deu

Este Abril marcou a história
Não se apaga da memória
Um dia banhado em sangue
A Paz se faz distante...


sexta-feira, 1 de abril de 2011

POESIA DAS HORAS





                       Por sinuosos segundos, o dia caminha                       

Mais tarde se achega, quem mais se estima

Sentado no alpendre, a lua se fita

Pare, admire, te peço, reflita



Reflita a Vida, que como o ar se esvai

Os segundos que passam, não retornam jamais

No compasso do tempo, marcas se afloram

No balanço das horas, minuto se vai



Urge o dia, em sutil agonia

Aproveita teu tempo, em total sintonia

Que a Natureza suplica, a ti todo dia

Que prezes a vida, que lhe concedia



Nas manhãs, estou plena e sobra energia

Esta logo decai, ao longo do dia

Por dor ou tarefa que a ti se impingia

Sábio é aquele que a vida vigia



Folgo saber que não vens a passeio

Pois este era mesmo, meu pleno receio

Tolo é aquele, se mantém sempre alheio

Do aviso, das horas, tempo em tanto anseio



O sorriso do sol, banha todo meu corpo

A este me entrego, em sono e conforto

Brisa morna acalenta meu breve descanso

Reluto ao retorno do doce remanso



A tarde se deita sobre a manhã que se finda

Vem o pôr-do-sol, que paisagem mais linda

No compasso das horas, a tarde se esgueira

A noite nos cobre, com manto de estrelas



Um dia a mais se despede, para amanhã retornar

Quando o dia raiar, vou a vida brindar

A mente alegrar, o coração aquietar

Não há mais lugar para a amargura ficar