sexta-feira, 1 de abril de 2011

POESIA DAS HORAS





                       Por sinuosos segundos, o dia caminha                       

Mais tarde se achega, quem mais se estima

Sentado no alpendre, a lua se fita

Pare, admire, te peço, reflita



Reflita a Vida, que como o ar se esvai

Os segundos que passam, não retornam jamais

No compasso do tempo, marcas se afloram

No balanço das horas, minuto se vai



Urge o dia, em sutil agonia

Aproveita teu tempo, em total sintonia

Que a Natureza suplica, a ti todo dia

Que prezes a vida, que lhe concedia



Nas manhãs, estou plena e sobra energia

Esta logo decai, ao longo do dia

Por dor ou tarefa que a ti se impingia

Sábio é aquele que a vida vigia



Folgo saber que não vens a passeio

Pois este era mesmo, meu pleno receio

Tolo é aquele, se mantém sempre alheio

Do aviso, das horas, tempo em tanto anseio



O sorriso do sol, banha todo meu corpo

A este me entrego, em sono e conforto

Brisa morna acalenta meu breve descanso

Reluto ao retorno do doce remanso



A tarde se deita sobre a manhã que se finda

Vem o pôr-do-sol, que paisagem mais linda

No compasso das horas, a tarde se esgueira

A noite nos cobre, com manto de estrelas



Um dia a mais se despede, para amanhã retornar

Quando o dia raiar, vou a vida brindar

A mente alegrar, o coração aquietar

Não há mais lugar para a amargura ficar































































2 comentários:

  1. Que delícia te ler!!
    Sua forma intimista de desenhar seus sentimentos através de rimas me encanta amiga.
    Parabéns por tamanha sensibilidade.

    Meu carinho e afeto sempre.

    Bjus meus.

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  2. Grata Generosa Amiga
    A Bondade em teu peito se abriga...

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